Foi durante um dos breaks entre as sessões do MBA
Executivo que os amigos e amantes das corridas Daniel Araújo, Arnaldo Nashiro e
Felipe Riera tiveram a espetacular ideia de participar da 38ª Maratona de
Paris. E tudo conspirava a favor. Tinham quatro meses para se prepararem e o
final de semana da prova coincidia com a semana intensiva em Barcelona. Poucos
minutos depois e a inscrição já estava garantida. A partir daí, conta Felipe, a
prova de 42 km pelas ruas da Cidade Luz passou a ser mais uma prioridade dentro
de dias absolutamente corridos com trabalho, família e os estudos. “Encaixar
quatro treinos ao longo da semana não foi tarefa de cinco minutos”, lembra
Felipe.
“O treino foi bastante pesado, correndo quatro vezes por
semana e fazendo exercícios de fortalecimento”, conta Daniel. “Gosto de correr
por ser um esporte simples, que pode ser praticado em qualquer local, faz bem
para a saúde, proporciona uma sensação de bem estar, ajuda a liberar a mente,
estabelecer desafios e manter o foco”, afirma Arnaldo que treinou praticamente
todos os dias durante as 16 semanas que antecederam a prova.
Passada a fase de preparação, em que foi preciso
conciliar o treino e os estudos para a prova de finanças era hora de arrumar as
malas. Tênis, meia de compressão, suplementos e, claro, os casos para a semana
intensiva em Barcelona. “Uma curta e agitada noite de sono depois de 12 horas de
avião e cinco horas de fuso horário e lá estávamos no café da manhã devorando
croissants, sanduiches e tudo o que víamos pela frente”, lembra Felipe, que não
esconde que a ansiedade foi grande nos momentos que antecederam a prova. No dia
da prova, você já está com a adrenalina a mil, ver 60 mil pessoas aguardando a
largada na Champs Elysses traz uma energia gigante e, nesse momento, a duvida
do "será que vou conseguir completar a prova?" começa a perder força”.
Para quem nunca
participou de uma maratona, correr pela
Champs Elysées passar pelo Jardim das
Tuileries, pelo Louvre, Torre Eiffel , tendo a companhia do rio Sena, pode
parecer uma das coisas mais fáceis de se fazer na vida. Mas não é bem assim. “A
corrida foi super difícil para mim. No quilômetro 21 sofri um estiramento
pequeno na coxa, e tive que diminuir bastante meu ritmo. Mas não parei de
correr. Já no final, a partir do quilômetro 35, parava para alongar a cada dois
quilômetros por causa de cãibras nas pernas”, descreve Arnaldo. “Ao
longo do caminho, algumas dores surgiram e o cansaço mostrou que estava ali nos
acompanhando. Correr uma maratona não é só um desafio físico, é um grande
desafio mental e conseguir manter a cabeça no lugar é fundamental para encarar
a prova”, completa Felipe. “O resultado final, no entanto, compensa todo
sacrifício. Um desafio vencido e uma bela medalha no peito.”, acrescenta
Arnaldo.
Nossos três embatletas destacam que participar de
uma maratona não é um desafio pequeno. Exige preparo físico e mental. As
sensações ao longo do percurso incluem fadiga, dores e muitas dúvidas. Mas cada
passada é fruto de uma estratégia traçada meses antes de o grande dia chegar. E
todo o esforço é recompensado quando você, de cabeça erguida, cruza a linha de
chegada. “A sensação foi fantástica. De cumprimento de um grande desafio e de
realização pessoal”, descreve Felipe que já está pensando quando será a próxima
maratona do trio.